segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Documentário Netflix: AMY

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016


O documentário AMY, que retrata a vida da cantora de jazz Amy Winehouse está no Netflix (palmas! clap, clap, clap!). Começa bem cedo, com vídeos caseiros de quando a cantora tinha 15, 16 anos e já soltava a sua voz maravilhosa de forma bem natural.

Nunca teve a pretensão de ser uma cantora, mas a vida levou e ela foi. Um amigo empresário abriu a porta para que esse talento fosse descoberto pelo mundo. Amy era uma menina doce, engraçada, linda! Como muitas meninas da sua idade tinha problemas de auto estima (quem nunca?).



A família nunca foi firme com a garota, talvez essa seja a raiz de um dos problemas. Um segurança dela disse no doc que a única coisa que ela precisava era ouvir um não. Outro fato impressionante (e triste) e que ela falou tanto para o pai quanto para a mãe que tinha encontrado uma dieta incrível: comia tudo o que queria e depois jogava tudo fora. Juro, se falasse isso para minha mãe ia levar tanto na cabeça que nunca mais ia pensar em fazer isso. Bulimia é coisa séria. Não deve ser tratado como um capricho ou uma fase. Não, nunca.



E a Amy era linda! Gente! Não dá para acreditar! Ela tinha grandes olhos cor de mel, um nariz grande mas que combinava com o rosto dela, lábios grossos bonitos. Como a gente tem uma visão distorcida de nós mesmos, não é? Eu mesma encano com meu nariz, minhas pernas finas, meus seios pequenos. Mas thats life! Vamos focar em algo que gostamos, valorizar o que temos de melhor. Aprendi isso com o tempo. Se você quer mudar algo do seu corpo sem se prejudicar, lute por isso. Tem academia, dieta, esportes.

Enfim, vamos voltar para a Amy. Ela tinha um talento nato. Era uma alma velha em um corpo jovem, como disseram no documentário. Viajou fazendo shows, uma hora foi descoberta. Gravou seu primeiro CD, Frank. O foco das músicas era pessoal. Alguns artistas são bem sensíveis, eles conseguem compor e escrever canções fantásticas quando estão em uma fase ruim. Tanto Frank quanto Back to Black foram gerados em períodos assim.

Antes da fama, Amy já utilizava drogas leves como maconha e bebia muito. A bulimia sempre a acompanhava. Mas o que acabou com Amy de vez foi conhecer Blake Fielder-Civil. Amor é uma coisa louca né. A gente sempre acha que vai acabar com a gente. Choramos, ficamos mal, ouvimos músicas que nos deixam ainda pior. Uma tragédia.

Se eu pudesse voltar no tempo saberia que as coisas não são tão intensas como a gente pensa. Dá vontade de nascer já pronta, pronta para se declarar, pronta para encarar um não de um forma normal e seguir em frente, aproveitar o que tiver que aproveitar sem esperar um telefonema no dia seguinte. Comédias românticas, contos de fadas são um lixo para nós mulheres. É tudo bull shit. Você não precisa encontrar um amor para a vida toda, pode se divertir e fazer o que quiser. (vou ser uma mãe desnaturada, pois vou dar esse conselho a meus filhos).



Voltando...o Blake consumiu a Amy, largou a pobrezinha, que já era problemática da cabeça. Mas ela fez o Back to Black sobre ele. Talvez seja a única coisa positiva desse processo de luto todo. Com Back to Black ela foi descoberta de verdade, começou a ficar famosa. E o safado queria era aproveitar a mamata! Voltou com ela e ela aceitou. Autodestruição total. Tadinha da Amy.

Com Blake ela experimentou drogas mais pesadas como cocaína e heroína. Nos shows já não era a mesma Amy de sempre. Vivia em função do então "marido". Quando Blake foi preso - ai que ela se afundou totalmente. Ficou nessa montanha russa até a sua morte, com 27 anos.

Um dos seus cantores prediletos, Tony Bennett, disse uma coisa interessante: "Se eu tivesse mais tempo teria dito para ela: Desacelere, calma, a vida ensina a viver, mas só para quem vive o suficiente." E é a mais pura verdade.






2 comentários:

  1. caramba! tô louca pra assistir esse documentário

    ResponderExcluir
  2. Nossa, esse documentário mexeu muito comigo. Eu mal conhecia a história dela, só o que via bombando na impressa na época e fiquei devastada :/

    ResponderExcluir

Sem perder a ternura © 2014